aí, a roda vem girando…

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roda teia saí de porto ferreira á caminho de arraial d’Ájuda, na bahia. contatos metarecicleiros. conhecer o baiLux. conheci….lugar especial_espacial.

mas nesse meio tempo, nesse vácuo um tanto de coisas rolaram…. mais ou menos como isso: “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.” Fernando Pessoa/Alberto Caeiro; Poemas Inconjuntos; Escrito entre 1913-15; Publicado em Atena nº 5, Fevereiro de 1925 claro, sem nenhuma pretensão, só a sensação de que todos os dias são meus…
entre pessoas_ações_antenas_labs e afins….articulações estão nascendo. o regis [bailux] tem o dom da documentação…esse diário de bordo tá lá.

aqui, vou compartilhando as impressões diárias tb… dando forma pra minha vida_pensar nômades com ações locais, nos quintais alheios…aliás, da minha janela eu convivo com um pé de cacau centenário e um tanto de pássaros incríveis…nossos jardins de volts. quintais são por essência universais, cabem mesmo todos os universos ali.

claro q isso não é um mar de pétalas de rosas vermelhas… há espinhos venenosos à procura de carne para se enfiar. mas o trem é assim, mesmo… estou de volta, voltando a me encontrar com meu diário de bordo, pra ler e sentir esses trechos de vida nesses fragmentos andarilhos q sou….[hoje, tô puro clichê] téjá, téia

finalizando um ciclo.

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finalizando + um ciclo aqui. recarregando as baterias para outras atividades, em outros lugares, com outras gentes…fazendo a roda rodar.

retornando às ações cênicas, Fernando Pessoa – por Odilon Camargo – entrando na pauta do dia. Fase de Produção, mão à massa, de novo:) daqui a pouco, seguem as fotos por onde passou o espetáculo perambulante.

agora, é só pra registrar o inicio de um outro ciclo peripatético… ciclo teia

* neste ciclo teremos ações parceiras com a ULIBRE – criando e produzindo juntos.

** acompanhamento do bailux -> regis já tá chegando com o equipamento pra fazer a rede dar à luz aos peixes, sereias, botos e afins….Salve a praça do arraial!

*** fernando pessoa [no teatro], na terra do padre cícero, desbravando nossos sertões com o bando Lampiônico ….ceará! 🙂

enfim….daqui a pouco estou chegando na capital paulista para o Lamime {que que é isso?}aproveita e dá uma olhada -> no que você costuma chamar de MetaReciclagem….. descubra qual é sua()

téjá

CURSOS INTENSIVOS DE VERÃO NO CHILE!

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CURSOS INTENSIVOS DE VERANO
— VALPARAÍSO, 8 a 19 DE ENERO 2007 —

transhumantes.jpg

 

PARA UNIVERSITARIOS, SECUNDARIOS Y POBLACIÓN EN GENERAL
TALLERES CON PRÁCTICA EN TERRENO

1. GEOGRAFÍA DE VALPARAÍSO Y SUS CERROS
2. Identidad y memoria histórica de un cerro
3. IDENTIDAD Y MEMORIA DE UNA CALETA DE PESCADORES
4. Nuevas metodologías de investigación participante
5. Educación Popular y Escuela Comunitaria
6. MEDIACIÓN DE CONFLICTOS Y DERECHO ALTERNATIVO
7. METODOLOGÍAS DE ORGANIZACIÓN SOCIAL
8. Juegos participativos de jóvenes y niños(as)

8 a 11 de ENERO: DOS CLASES TEÓRICAS
12 a 14 de ENERO: SALIDA A TERRENO, HORARIOS A ELECCIÓN
15 a 19 de ENERO: ORGANIZACIÓN DE LOS DATOS, ANÁLISIS Y CONCLUSIONES.
CONTRIBUCIÓN PARA UN TALLER COMPLETO: CINCO MIL PESOS
INFORMACIONES E INSCRIPCIONES: Cel. 09-98586255 – email: ulibre@ulibre.org

LOCAL: UNIVERSIDAD ARCIS VALPARAÍSO – CERRO ALEGRE
ORGANIZA: TALLERES TRANSHUMANTES

Patrocinio: Universidad Arcis Sede Valparaíso y
Confederación Nacional de Pescadores Artesanales de Chile CONAPACH

O curso é presencial! Tem que estar lá pra fazer….. 🙂

 

 

Proposta de Contéudo para Comunicação Social

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p.jpg Asamblea ULibre – propuesta programa en comunicacion social – materializando uma experiência positiva e virtual pela qual estamos passando: dando os primeiros passos para formularmos o conteúdo, que não é estático nem fechado para o Programa de Comunicação Social da Ulibre.

… no es algo definitivo y hay que integrar todos los nodos referidos a lo que hemos hablado en las reuniones, como lo del calendario maya, tecnicas respiratorias, entre otras. la idea es temer un pidso minnimo con los contenidos que, a mi juicio, son necesarios en la formacion de un comunicador social. los ejes centrales que ordenan esta propuesta son: la creacion de un sujeto autonomo con conocimientos tecnicos y teoricos en comunicacion social, la formacion de periodistas investigadores y el enfoque hacia el trabajo social comunitario. un concepot que me gustaria destacar es de la investigaccion como idea orientadora y normadora (aunque no me gusta esta ultima palabra) . primero mencionare contenidos de formacion general, despues ira una formacion gral. en comunicacion social, luego dos instancias referidas a educacion y formacion en imagen y cine y terminare con la parte mas importante que es la de los talleres de medios. [[para acompanhar a assembléia virtual, veja + aqui>>

1. formacion general:
1.1 Politica y espacio público: una reflexino sobre el poder. <<espaços públicos – onde estão? a quem se destinam? quem paga por eles e os mantêm? por que temos a sensação de que esses espaços não são para a maioria? antigamente, esses espaços serviam para exibição de poder… para expor a todos que “manter a ordem” é preservar a sua vida, aliás, que vida, heim! E hoje, serve pra que? pra quem?

abolic1.jpg

1.2 Historia de los movimientos sociales en Chile y latinoamerica.
1.3 Filosofia y pensamiento contemporaneo.
1.4 Economia solidaria y autogestión.

>>por que nos querem fazer acreditar que não vale a pena se organizar? por que, ultimamente, tantos jornalistas estão sendo processados por expor suas idéias na web? Enquanto nos deixam, continuamos a fazer perguntas e expor idéias….

[Ah, também usavam as praças públicas para expor cabeças_membros etc…de pessoas que foram covardemente mortas, só porque resolveram compartilhar suas idéias…]

mas, continuando com as propostas do Programa da Ulibre….

2. Formacion gral en comunicacion social:
2.1 Introducción a la comunicacion social
2.2 Comunicacion y formacion de opinion publica:
2.2.1 Medios masivos e identidad cultural
2.2.2 Estudios culturales
2.2.3 Teorias de la comunicacion (escuelas funcionalista, critica y latinoamericana)
2.2.4 Teoria de medios, de la noticia y opinion publica

2.3 Taller de redaccion
2.3.1 Taller de cronica periodistica
2.3.2 Taller de entrevista
2.3.3 Literatura y periodismo
2.4 Lectura critica de medios

hablando-con-mujeres-del-pueblo.jpg
3. Imagen, cine y fotografia
3.1 Semiotica y teoria de simbolos
3.2 Cine, narrativa audiovisual y historia del cine
3.3 Fotografia
3.3.1 Historia de la fotografia en latinoamerica
3.3.2 Taller de fotografia
3.3.3 Fotografia de prensa y documental fotografico

4. Comunicacion y educacion
4.1 Educacion popular
4.2 Taller de comunicacion comunitaria y barrial

5. Planificacion estrategica y organizacional
5.1 Planificacion medial y campañas
5.2 Medios y acccion politica

6. Produccion periodistica y en comunicacion social
6.1 produccion periodistica
6.2 taller de reporteo y manejo de fuentes
6.3 investigacion periodistica
6.4 gestion de medios
6.5 realizacion de proyectos
6.6 organizaciones sociales

7. Taller de medios
7.1 Comunicacion urbana
7.1.1 gritos, slogan, concentraciones y activismo publico
7.1.2 graffitis y murales
7.1.3 stencil
7.1.4 papelografos y rayados
7.2 Radio
7.3 television
7.4 prensa escrita
7.5 multimedios

enfim, tudo isso só tem sentido se for pensando e produzido conjuntamente com a comunidade, afinal, estamos aprendendo para mostrar pra el@s….Ah, aqui alguns sitios de jormalistas e afins,…Alcinéia Cavalcante, Emir Sader, Mino Carta, Bourdoukan, Biajoni, Latuff…..

A gente só muda, fazendo!

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Convite que veio da Lele, que recebeu de uma amiga …. e a rede vai se fazendo.

Convite ArteEducadores Encontro Nacional de Arteducadores – entre os dias 27 de Abril e 1º de Maio de 2007 na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Gostaríamos de convid@-l@s a participar do Encontro Nacional de Arteducadores que contará com a presença de arte-educadores, educadores, artistas, agentes sociais e culturais e interessados nas áreas de arte, educação (formal e informal) e cultura do Brasil. O encontro entre especialistas e praticantes nacionais e internacionais oferecerá uma oportunidade de formação, troca e solidariedade em busca de novas pedagogias capazes de lidar com os desafios de nosso século.

Durante este Encontro também estarão sendo realizados dois outros eventos paralelos:

Reunião de preparação para o Fórum Mundial da Criatividade que será realizado em Julho de 2007 em Hong Kong; Jovem IDEA (oficina intercultural com jovens de 4 países da América Latina) e Reunião Latino-Americana em preparação para o Congresso Mundial da Associação Internacional de Drama, Teatro e Educação, IDEA 2010 no Brasil.

A estrutura do Encontro será organizada com as seguintes atividades:
Palestras Dialógicas (com especialistas e um mediador convidado);
Mini-Cursos para as comunidades docentes, artísticas e culturais de Juiz de Fora;
Mini-Cursos para os participantes do evento;
Mesas Redondas;
Mosaico Científico (painéis);
Assembléia Geral de ABRA;

Programação Cultural.
Até dia 31 de Janeiro de 2006 estarão abertas as inscrições para proposta de Mini-Curso, Vídeo, Exposição Visual e Mosaico Científico. ABRA publicará um livro com uma seleção das contribuições ao Encontro no final de 2007. Também estão abertas as inscrições como participante! Garanta sua voz, vagas limitadas!

Para realizar sua inscrição e enviar sua proposta consulte nosso site

ou através do e-mail inscricoes2007@abra-ja.org.br\n

Divulgue em sua Universidade, Escola, Associação, Rede, Comunidade, e para todos aqueles que Abraçam as Artes de Transformação!
Vamos compartilhar experiências, pesquisas, desafios e sonhos!
Coordenação Nacional da ABRA\n

ABRA – Associação Brasileira de Arteducadores
Moraes e Castro, nº 399 – Passos
Juiz de Fora – Minas Gerais – Cep 36025-160
Fone: 32 – 9959 5474 / 48 3237 5583
CNPJ: 07.180.282/0001-03

\nPROPOSTA

\n\n\n\n

\n\n

Associação Brasileira de Arteducadores\n

\n\n

\n\n

Encontro Nacional de Arteducadores\n

\n\n

De 27 de Abril a 1º de Maio de 2007- Juiz de Fora, Minas Gerais\n

\n\n

“Abraçando as Artes de Transformação!”\n

\n\n

“,1] ); //–>www.abra-ja.org.br

ou através do e-mail inscricoes2007@abra-ja.org.br

Divulgue em sua Universidade, Escola, Associação, Rede, Comunidade, e para todos aqueles que Abraçam as Artes de Transformação!
Vamos compartilhar experiências, pesquisas, desafios e sonhos!
Coordenação Nacional da ABRA

ABRA – Associação Brasileira de Arteducadores
Moraes e Castro, nº 399 – Passos
Juiz de Fora – Minas Gerais – Cep 36025-160
Fone: 32 – 9959 5474 / 48 3237 5583
CNPJ: 07.180.282/0001-03

 

Rádio Mesh-Rádio Janela

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dateia.jpg A rádio se remexendo para sair dos meios fechados e hipócritas, para cair na rede, se transformar e entrar nos ares… Essa informação foi publicada originalmente na Rádio Janela, confira lá os novos ventos…

Rádio Mesh, eu sou uma antena….

“Comunicação viral é o conceito de um sistema de comunicação livre de infra-estrutura, em que os usuários fazem sua própria infra-estrutura. Essa forma de comunicação pode ter o mesmo nível de impacto que a internet teve sobre a comunicação conectada por redes de fios e fibras ópticas. A comunicação se dará como no caso da disseminação de um vírus. Tal como o vírus se prolifera contaminado a célula vizinha, a comunicação viral terá como o agente de propagação os computadores mais próximos. A máquina de seu vizinho servirá para fazer sua mensagem ser transmitida ao vizinho de seu vizinho e assim por diante até chegar ao destino” Ver artigo completo aqui

“O rádio seria o mais fabuloso meio de comunicação imaginável na vida pública, constituiria um fantástico sistema de canalização, se fosse capaz, não apenas de emitir, mas também de receber. O ouvinte não deveria apenas ouvir, mas também falar: não isolar-se, mas ficar em comunicação com o rádio. A radiodifusão deveria afastar-se das fontes oficiais de abastecimento e transformar os ouvintes nos grandes abastecedores.” Brecht…


Alfabetizar?!

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O chamado….Segundo alguns dicionários, Alfabetizar é dar instrução primária, ensinar a ler e escrever.

Precisamos apreender, ler e sentir o que está à nossa volta, além do óbvio… entender o que significa excesso de informação, o que é invasão dos meios midiáticos, para que servem as escolas_universidades_educadores e afins….

Servem à quem? Com certeza não é a maioria… temos em nosso país, um número assombroso de analfabetos, pessoas que não sabem ler nem escrever, só têm acesso à televisão e ao rádio… que cumprem a função de deseducar_desinformar, na maioria das vezes… claro, há excessões! E essas poucas iniciativas é a que nos interessam.

A proposta de um grupo de educadores_educandos é alfabetizar, sim. Não (re)criando um novo alfabeto, mas aprendendo o que nos é fundamental para um desenvolvimento menos banal da existência, e isso, é trabalhar necessariamente a extinção da propriedade intelectual, ou seja, conhecimento não se compra, se compartilha.

Eis aqui, algumas atividades livres… ULibre escola libertária

ULibre

Enquanto isso, aqui nós vamos alinhando do descentralizado….

Círculo virtuoso

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A geração de uma consciência honesta, gera renda como consequencia… por aqui, estamos conversando e tentando viabilizar algo semelhante a iniciativa do banco Palmas, de Fortaleza e a do Banco Grameen (“aldeia” ou “rural”, em bengali) em Bangladesh… que aliás, rendeu o nobel da paz de 2006 a o economista Muhammad Yunus, criador de uma rede de microcréditos para pobres que ajudou milhões de pessoas a sair da pobreza em seu país natal.

Então, bons exemplos não faltam…na verdade, fico me perguntando, o que é que está faltando?

Segue abaixo um bom relato, que foi publicado originalmente aqui: Rede Gaia Brasil
Do Grameen ao Palmas
As 42 pioneiras eram fabricantes de móveis de bambu. Hoje o Grameen tem mais de 6,7 milhões de tomadores de empréstimos, o índice de reembolso é de 99% e seu sucesso não é só financeiro, como se vê pela concessão do Nobel. Vale a pena notar, por outro lado, que a iniciativa de Yunus não é única e que já existem experiências semlhantes a essas inclusive no Brasil.

Um caso célebre, menos conhecido do que deveria ser em nível nacional, é o do Banco Palmas, de Fortaleza (CE). Trata-se de uma cooperativa de crédito, fundado em 1998 no Conjunto Palmeira, um bairro pobre da capital cearense, com 30 mil habitantes e renda familiar abaixo de dois salários mínimos, de acordo com relatório produzido por João Joaquim e Sandra Magalhães, da equipe de coordenação do projeto.

Banco Palmas CE
Administrado e gerenciado pelos líderes comunitários, o Banco Palmas foi criado pela Associação de Moradores do Conjunto Palmeiras para enfrentar a pobreza do local, com uma filosofia voltada a criação de uma rede de solidariedade de produção e consumo no bairro. O banco possui uma linha de microcréditos para quem quer produzir (criar ou ampliar um pequeno negócio) no Conjunto e outra que financia quem quer comprar de seus produtores e comerciantes.

Círculo virtuoso
Com isso, incentiva a produção e facilita a comercialização dos produtos da comunidade, fazendo a renda circular no próprio bairro e promovendo seu crescimento econômico, uma estratégia que objetiva criar um círculo virtuoso.

“Quando o João, pequeno artesão que produz sapatos, vende sua mercadoria, está conseguindo recursos financeiros para poder comprar os doces da Maria e esta, as confecções da costureira, que por sua vez corta o cabelo no salão do Paulo e assim por diante”, explicam os coordenadores.

Para financiar o consumo, o Banco criou um cartão de crédito popular, o Palmacard, utilizado somente no Conjunto Palmeira. Ele permite às famílias da comunidade comprarem em qualquer comércio cadastrado do bairro e pagar ao Palmas após trinta dias, em data estabelecida pela própria família. No dia estipulado pelo banco, por sua vez, os comerciantes levam suas faturas ao banco e recebem tudo que venderam por meio do Palmacard, com um desconto de 3% da taxa de administração.

Solidariedade em ação
Os produtores/comerciantes beneficiados pelo sistema se reúnem em assembléias mensais para avaliar o funcionamento do cartão, apresentar sugestões e também contribuem com trabalho voluntário para as ações sociais da Associação de Moradores, como limpeza e preservação de praças, acompanhamento às escolas e postos de saúde, entre outros.

A consciência de que consumir produtos e serviços do bairro ajudam a distribuir renda, gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida da comunidade, permitiu ao Banco criar outros instrumentos de comércio solidário, como as feiras semanais dos produtores e uma loja solidária, que funciona na sede do Banco, expondo e vendendo os produtos fabricados no bairro.

O Banco Palmas também apóia a criação de empresas comunitárias que têm se multiplicado. Atualmente, já estão em atividade a Palmafashion, empresa de confecção, a Palmart, de artesanato, a Palmalimpe, de materiais de limpeza, além de um Laboratório de Agricultura Urbana, que ensina as famílias a plantar hortaliças e ervas medicinais, bem como a criar peixes em cativeiro nos quintais de suas residências, para posterior comercialização.

Moeda própria
O banco também mantém uma Escola de Socioeconomia Solidária, que capacita os pequenos empreendimentos locais e trabalha junto aos moradores para a criação de uma cultura solidária, organizando ainda um clube de trocas, que funciona com moeda própria, os Palmares e os Palmeirins.

A política de crédito do Banco Palmas é pautada pelo controle social. “Quando um morador chega ao banco para solicitar um empréstimo”, explicam os coordenadores, “ele é informado das regras de funcionamento da rede de solidariedade e não precisa apresentar nenhum documento ou garantia”.

Ou seja, o banco não pede fiador nem faz consultas ao SPC ou SERASA. “Uma analista de crédito visita a família do solicitante e conversa com os vizinhos. É o depoimento da vizinhança que vai servir de aval para o futuro cliente”. “Resgatar na prática socioeconômica o valor da confiança, do amor ao próximo e da paixão pela vida é a perspectiva filosófica do Banco Palmas”, concluem Sandra e Joaquim.

Economia solidária
Por trás de experiências como a de Mohamad Yunus e do Banco Palmas está o conceito de “economia solidária” que coloca o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, em vez da acumulação de capital. A noção surgiu a partir dos princípios do cooperativismo que se desenvolveu a partir da Inglaterra em meados do século 19.

Vale lembrar que os princípios do cooperativismo e da economia solidária não se limitam à área financeira, mas a todo o conjunto das atividades econômicas: produção, distribuição, comércio, etc. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), já existem cerca de 8 mil associações dessa natureza no Brasil, atuando nos mais diversos ramos.

*Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação. olivieri@pagina3ped.com